sábado, 26 de março de 2011

Um livro de convites


PROLIJ LANÇA OBRA QUE SERVE COMO GUIA À INCURSÃO À LEITURA INFANTOJUVENIL

Todo leitor que se preze é naturalmente um curioso. Uma capa bonita, um primeiro capítulo bem escrito, a indicação do livro feita por algum amigo ou um título curioso: basta um suave convite para que o leitor aceite a proposta de certo livro e mergulhe ansiosamente em sua narrativa. “Livro dos Livros”, o nome do mais novo lançamento da Editora Univille, composto por resenhas de acadêmicos e pesquisadores do Programa Institucional de Literatura Infantojuvenil (Prolij), é um livro de convites. Um livro que nos convida a mergulhar dentro do universo literário, indicado especialmente àqueles eternos curiosos, sempre dispostos a conhecerem novas obras e autores.


As resenhas do livro estão divididas em cinco partes: livros infantis, infantojuvenis, juvenis, narrativas visuais e teóricas sobre literatura infantojuvenil e o processo de formação de leitores. Eis um livro múltiplo, que vem para agradar a vários públicos: contadores de histórias têm aqui diversas sugestões para seu repertório, enquanto os pais encontram livros de qualidade garantida para ler com seus filhos, pois são obras escolhidas e recomendadas pela experiente e atenta equipe do Prolij.

O livro também é uma contribuição para todos aqueles interessados em pesquisar os caminhos da literatura infantojuvenil, afinal, quantos convites à reflexão sobre a leitura e a literatura não emergem dessas 84 resenhas? E, claro, por falar sobre essa coisa apaixonante chamada literatura, o “Livro dos livros” vai agradar a qualquer um que goste de histórias. A qualquer curioso.

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Espelho

(por Maria Lúcia – *Pesquisadora voluntária do Prolij e mestranda em patrimônio cultural e sociedade)





Espelho é um exemplo de livro que não necessita de floreios na imagem para refletir grandes questões. Por meio de dois elementos em praticamente todo o livro, Suzi Lee, premiada autora da Coreia do Sul, aborda assuntos referentes às relações entre pessoas, ao autoconhecimento, à solidão, à tolerância e talvez sobre muitas outras coisas. Afinal, uma narrativa visual quanto mais aberta for, mais rica será. O enredo simples conta o momento quando a personagem, uma menina, desenhada pela autora, de vestido amarelo e traços soltos a carvão ou material similar, encontra seu reflexo em um espelho. O ambiente vazio, traduzido pelo branco das páginas, confere uma sensação de espaço potencializado pelo desenho posto na base da página, ora nas bordas laterais, ora na junção das páginas espelhadas. A representação da personagem e seu reflexo no espelho aliada às suas ações nos levam a percursos interpretativos distintos, tornando cada virada de página uma surpresa. “Espelho” nos mostra que não é na igualdade e na concordância que se constroem relações verdadeiras, mas na diferença e na discordância, é partindo delas que visualizaremos nosso real reflexo.





Título “Espelho”

Autora (Suzi Lee)

Editora CosacNaify

Ano 2009



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O som das cores

(por Alencar Schueroff, Professor do Persona e pesquisador voluntário do Prolij).





O livro é simples, com enredo e linguagem acessíveis a quase todo tipo de leitor. Porém, com uma reflexão mais aprofundada, podem surgir perguntas, como: por que há frases do tipo “É perto do meio-dia, dizem as sombras”? Respondendo de forma paradoxalmente objetiva, dir-se-ia que isso é o que chamamos de literatura. As coisas ditas e, ao mesmo tempo, não ditas, que agitam nossa alma.

A história trata da vida sofrida de Rosálio e Irene. Ele, um pedreiro analfabeto que carrega consigo uma caixa cheia de livros. Ela, uma prostituta doente em fim de carreira. A fusão entre o cimento e a guará vermelha ferida vai dando origem a uma explosão de cores que toma conta da vida tão incolor de ambos. Eles interagem e se complementam, à medida que Rosálio aprende as primeiras letras com Irene que, em contrapartida, ouve maravilhada a fantástica história da vida dele.



Irene ainda acumula mais duas funções: lê para seu companheiro os livros da caixa e coloca no papel as narrativas autobiográficas que ele conta. O destaque do livro é a musicalidade. As palavras são minuciosamente escolhidas e colocadas.







Título

“O Voo da Guará Vermelha”

Autora Maria Valéria Rezende

Editora Alfaguara

Número de Páginas 184

Ano 2005

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Publicado no Jornal ANOTÍCIA de 20 de março. AQUI.

Escrito por Daiane da Silva e Eduardo Silveira, Acadêmicos do 4° ano do Curso de Letras da UNIVILLE.

Um comentário:

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